quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

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O estado da outra (da Graça)
ou
toda a gente a opinar
ou
os olhares de lado no supermercado quando a barriga ainda não cresceu e não temos coragem de dizer, ao fundo de uma fila interminável para a caixa (lá está, porque ainda não se nota)"estou grávida!"
(Divido em partes)

“tens de aproveitar o teu estado de graça”. Quantas mulheres quando estão grávidas ouvem esta afirmação associada ao seu “estado”?

Mas qual é a graça em pesar mais 355 quilos, ter de deixar uma vida de trabalho hiper-activa, mudar de casa e não poder com uma gata pelo rabo, estar constantemente a chorar pelos cantos, ter ataques de pânico (vá, cada vez menos frequentes e com menor intensidade) com a responsabilidade de não cometer com o bebé, que vai chegar, os mesmos erros que os seus pais cometeram, ter de gramar a torto e a direito os comentários das pessoas que, com experiência ou sem ela, decidem lá porque estamos grávidas, têm que ter uma palavra a dizer…

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