terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O início

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Grávida? Eu? E agora??
Pânico!!!

Esta seria eventualmente uma pergunta pertinente para ser feita por uma adolescente que acaba de saber o resultado de um teste de gravidez.
A verdade é que se trata de uma dúvida assustadora de uma mulher de 33 anos, com uma vida profissional em rampa de lançamento, uma vida pessoal organizada e a viver uma relação (tirando os dias maus e as divergências de personalidade, opiniões e aquilo que permitem as cabeças, paradoxalmente, instáveis da nossa geração) estável.
Quando soube que estava grávida, não sabia se havia de rir ou chorar. Recordo bem a noite em que tudo aconteceu. Há já alguns dias que sentia o meu peito a crescer e estava a ficar desconfiada. Entretanto o período não vinha e como sou muito regular, a desconfiança aumentou.
Por influência do meu-mais-que-tudo, acabei por esperar alguns dias até fazer o teste, na nossa micro casa de banho da nossa casa antiga. Rapidamente apareceram duas risquinhas azuis e confirmaram-se as minhas certezas. ESTOU GRÁVIDA!!!

E agora? Estava triste? Estava contente? Certamente atordoada!!!

Uma amiga minha disse-me uma vez que, no dia do seu casamento, antes de dizer o “SIM”, viu toda a sua vida passar-lhe diante dos seus olhos como um filme projectado no ar. Acho que foi isso que me aconteceu. De repente, vi várias caras, revivi em milésimos de segundos, situações de outrora e sim! Continuava completamente atordoada e oficialmente estav instalado na minha cabeça o pânico.

Apesar de uma parte de mim desejar muito ter filhos, de há uns poucos de anos para cá, a minha posição havia-se alterado um pouco: queria esperar um pouco mais e poder planear qual a melhor altura do ano para conceber.

O meu trabalho estava em primeiro lugar! Mas a vida decidiu pregar-me uma partida (mais uma!) e eu estava aterrorizada.

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